Mas, por que "Abrindo o Baú"?

Fonte da imagem: Google Images

Você deve estar se perguntando: por que escolhi "Abrindo o Baú"?

Antes de iniciar a minha história, se faz necessário explicar que desde novinha minha mãe identificou que eu era bem precoce e disciplinada, daquelas crianças que compreendiam e colaboravam com tudo o que acontecia ao seu redor. 

Desde criança sou bem agitada, uma verdadeira antena receptora que captava tudo ao redor, movida de uma cabeça pensante. Devido ao fato de ser filha de professora, fui alfabetizada cedo e aos 5 anos já lia relativamente bem; desde então passei a desenvolver o gosto pela leitura e para se ter uma real ideia de como eu sempre fui, se não estivesse com um livro nas mãos, não estava satisfeita... inclusive tenho recordações de me esconder no banheiro para não ajudar na faxina de sábado e ficar lendo bula de remédios (rsrs). 

Quando criança adorava fábulas e contos de fada, que me levavam bem distante da realidade difícil em que eu vivia.

E desde pequena imaginava que dentro de cada um de nós, existia um baú parecido com aqueles dos contos ou dos filmes de pirata, mas que ao invés de ter um rico tesouro cheio de joias e moedas de ouro, esse baú seria repleto de recordações.
Neste baú imaginário, teríamos um espaço especialmente reservado para as “boas lembranças”... Sabe aquelas que nos traz à tona momentos de puro amor, que nos adoçam a alma e nos remetem a acontecimentos positivos, singelos e agregadores? 
Essas mesmo...

Teríamos também as lembranças que vou chamar de “café com leite”... Aquelas que quase nunca lembramos e que devido a nossa memória seletiva, só surgem em nossa memória esporadicamente, como num passe de mágica: quando ouvimos uma frase, uma música, sentimos um cheiro ou quando reencontramos alguém que fez parte de nosso convívio...

Mas, também encontraríamos em espaço reservado para as “más lembranças”... Sabe aquelas recordações que, muito embora jamais gostaríamos de tê-las vivido, inevitavelmente elas estão lá... num cantinho bem escondidinho no fundo do baú, esperando para ser redescoberta? Sabe aquelas recordações que nos deixa com o coração apertado e com um sabor amargo na boca? 
Sim... essas mesmo... que embora sejam bem difíceis de recordar, nos lembram que temos dentro de nosso ser uma grande capacidade de superação, que nos dá força para batalhar e sobreviver e vencer; e que nos faz saber que no fundo, sempre nos resta como prêmio: crescimento e amadurecimento. 
Essas mesmo.... acredite, elas também são importantes!

Ahhhhh.... elas as lembranças: agradáveis e desagradáveis!
Natural que seja assim...
Afinal de contas, como sempre digo não somos Alices e não vivemos no País das Maravilhas e o Universo nos reserva, bons e maus momentos...

Inevitavelmente, não escolhemos o que “carregamos” em nosso baú.
Afinal de contas, esse baú de histórias faz parte da nossa trajetória de vida, onde cada um tem o seu... e nessa trajetória não só passamos por coisas positivas, mas também por situações difíceis e doloridas.

Entretanto... o que podemos escolher e isso sim, fará toda a diferença para o resto de nossas vidas: é a maneira como lidamos e como administramos seu “peso” e seu “conteúdo”.

Sofrer é inevitável...  aliás, faz parte de nosso processo de amadurecimento...

Mas, não entregar-se ao sofrimento e lutar de cabeça erguida, esses sim... são os reais segredos da vida.

Honrar nosso baú, ou seja, nos orgulhar de nossa história... e saber utilizá-lo da maneira mais construtiva, é o grande desafio dessa vida e que verdadeiramente faz toda a diferença na forma como enxergamos a existência e os desafios impostos para nossa sã sobrevivência.

E você?
Já refletiu... como você encara o conteúdo de seu baú???

Reflita, e se sentir-se confortável, compartilhe comigo!

Abraço,
Simoni
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